
Respostas de médicos
especialistas em dor
Você tem curiosidade de saber o que os especialistas têm a dizer sobre a estimulação medular? A seguir, você encontrará as respostas para as perguntas mais frequentes sobre a estimulação medular, dadas por especialistas no tratamento da dor com mais de 5 anos de experiência.
Os médicos que aparecem nesta página são consultores pagos. Pedimos que dessem suas opiniões sobre as experiências que eles têm com a estimulação medular.
O Dr. Provenzano diz:
Os pacientes têm medo de qualquer corpo estranho dentro de si mesmos. E acredito que é uma pergunta bem válida que deveria ser respondida. A verdade é que no Brasil e no mundo todo, existem milhões de pessoas com dispositivos implantáveis, sejam marca-passos, nos quadris ou joelhos. Sabemos que estes dispositivos são aptos e funcionam bem na maioria dos casos.
Existem responsabilidades e riscos com a implantação de dispositivos. E é importante que os pacientes conheçam estes riscos. Também é muito importante que os especialistas no cuidado da saúde e os pacientes façam tudo que for possível para tratar de forma responsável o dispositivo.
O Dr. Grigsby diz:
Esta preocupação é mais comum com as terapias de liberação de fármacos, já que a bomba é maior do que o neuroestimulador. Existem diversos avanços tecnológicos nos dispositivos que permitem que sejam muito menores que seus protótipos. Em várias pessoas não se percebe que elas têm um dispositivo, pois são bem pequenos. Geralmente implantamos os dispositivos abaixo da cintura, onde pode ser coberto pela roupa e ser bem menos visível.
O Dr. Hesseltine diz:
Estes dispositivos foram desenvolvidos para pacientes que não responderam aos tratamentos conservadores. Não costumam ser terapias de último recurso, mas também não são as primeiras opções. Este tipo de terapia é destinado para uso de longo prazo. Primeiro deve-se testar algumas opções como massagem, fisioterapia, tratamentos quiropráticos, acupuntura, medicamentos e outras terapias que não sejam invasivas, nem muito caras. Se estes métodos não funcionarem, deverá ser considerada a neuroestimulação ou os tratamentos de liberação de fármacos.
Para determinar se devemos testar ou não a neuroestimulação ou o tratamento de liberação de fármacos, primeiro devemos avaliar o tipo de dor. A neuroestimulação é indicada para a dor relacionada aos nervos e para o tronco e/ou as extremidades. Por exemplo, esta poderia ser uma boa opção para pacientes que tiveram falha em cirurgias de coluna, e que apresentam dor contínua nesta área ou na região da perna. O tratamento mediante liberação de fármacos é melhor para uma dor que se encontra mais expandida. Se me perguntassem qual destes tratamentos seguiria, eu utilizaria a terapia por estimulação medular.
Dr. Wellington diz:
Em indivíduos que foram selecionados corretamente, a taxa de sucesso é bem elevada. Com a minha experiência, a taxa de sucesso é de, no mínimo, 75% para a estimulação medular. As taxas de sucesso dos tratamentos de liberação de fármacos, também são bastante elevadas. De fato, com a minha experiência com os tratamentos de liberação de fármacos não restam dúvidas que funcionarão. É uma questão de quando indicar e em qual dose funciona.
A melhora quanto ao alívio da dor e da qualidade de vida com os tratamentos de liberação de fármacos ou por neuroestimulação foi drástica em muitas pessoas. Houve uma melhora significativa em termos de qualidade de vida e funcionalidade, capacidade de trabalhar e participação na vida familiar. Com a melhora no controle da dor destes tratamentos avançados, os pacientes geralmente são capazes de reduzir ou eliminar completamente seus tratamentos através de medicamentos orais. Tenho pacientes que retornam ao consultório dizendo que "saíram da escuridão" ao interromper seu tratamento oral anterior. Os pacientes deixam de ser totalmente caseiros para sair às compras, ao shopping ou à igreja. Basicamente, as pessoas voltam a ter uma vida plena. É muito emocionante.
Dr. Wellington diz:
O tratamento de liberação de fármacos requer menos dose de droga. Estas doses significativamente menores de analgésicos podem chegar a ter efeitos muito significativos no alívio da dor, porque o medicamento é aplicado diretamente sobre os receptores de dor na medula espinhal. As drogas opioides orais geralmente causam efeitos colaterais incômodos, mas estas doses mais baixas podem evitar tais efeitos. Outra vantagem é que a bomba é programável. Isso permite que você personalize a bomba para tratar a dor, mesmo que ela mude. Além disso, a bomba pode ser programada por qualquer especialista no tratamento da dor para permitir a administração de doses extras de analgésicos durante diferentes momentos do dia, quando seu nível de atividade pode causar mais dor. Isso permite que os pacientes tenham o controle quando a dor fica pior. Além disso, as bombas são compatíveis com procedimentos de ressonância magnética, sob condições específicas.
Dr. Provenzano diz:
Durante o período de teste observa-se os efeitos colaterais do medicamento, no caso do paciente receber uma dose inferior ou superior. Nós avaliamos os níveis de oxigênio e frequência cardíaca para identificar sinais ou sintomas que sugerem uma possível complicação. No tratamento a longo prazo, é provável que exista uma libertação menor ou maior de fármacos. Outros riscos associados com o período de teste e com o procedimento a longo prazo incluem hemorragia, infecção e danos nos nervos. Haverá sempre um risco de dores de cabeça provocadas pela coluna quando uma agulha é inserida no interior do canal espinhal. Além disso, pode haver problemas com a bomba ou catéter em procedimentos de longo prazo, o que pode levar à realização de cirurgia corretiva.
Dr. Hesseltine diz:
Existem riscos como infecção. Se a área é infectada, o sistema terá que ser removido. Você pode sentir dor ou desconforto na incisão onde o dispositivo foi colocado. Este procedimento é executado por colocação de uma agulha em torno da coluna e, raramente, isso poderá causar ferimentos na medula espinhal, que pode resultar em danos nos nervos ou paralisia. Isso é raro, mas é um risco. Existem riscos do crescimento de granuloma ou massa em torno da ponta do cateter. Esta massa pode ser pressionanda sobre a medula espinhal, o que levaria a uma cirurgia de emergência ou paralisia. Embora este dispositivo seja confiável, há uma possibilidade de que falhas mecânicas ocorram.
Dr. Provenzano diz:
No final do período de teste conversamos com o paciente para nos contar sobre sua experiência. Perguntamos coisas como "Ajudou a controlar a dor?" “Ajudou a ser mais funcional?" “Os efeitos colaterais que causam desconforto foram apresentados?” Posteriormente, uma vez que discutidas e respondidas as perguntas dos pacientes, removemos o cateter, se o período de teste usou um sistema de cateter contínuo. Em seguida, limpamos a área onde o cateter foi inserido e coberta com um curativo. Uma das características benéficas do teste de liberação de fármacos é que os pacientes não têm que decidir imediatamente pelo implante permanente. Nós discutimos os resultados e damos ao paciente algum tempo para avaliar. Sempre damos ao paciente mais oportunidades para mais perguntas. Se um paciente sente que este tratamento foi eficaz e ideal, em seguida, discutimos a possibilidade de continuar com o processo e iniciar os preparativos para o implante permanente.
Dr. Provenzano diz:
Uma das perguntas que certamente você fará é sobre as expectativas depois de ter implantado o sistema. Bem, nosso objetivo é reduzir a dor, reduzir os efeitos colaterais e ajudá-lo a fazer as atividades que você deseja. Porém, uma das expectativas que têm de ser consideradas na maioria dos tratamentos para a dor crônica é que não há cura para ela. Esta é uma maneira de reduzir a dor e ajudá-lo a se tornar mais funcional. Uma vez que o sistema foi implementado para liberação de fármacos, devemos trabalhar para determinar a dose adequada da medicação a ser aplicada. Portanto, durante este tempo você deve ter paciência. Além disso, você precisa de ajuda para determinar a dosagem correta.